iPhone 11 representa morte do 3D Touch; entenda a mudança

Novos iPhones abandonam 3D Touch em favor do Haptic Touch — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
A Apple deixou de lado o 3D Touch nos novos iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max. Lançado em 2015 como um dos destaques do iPhone 6S, o recurso permitia acessar menus diferentes no iOS dependendo da força do toque na tela. A tecnologia deu lugar ao Haptic Touch, que estreou em 2018 no iPhone XR e, neste ano, está presente em todos modelos da linha.

A Apple não explicou os motivos da mudança, que vinha sendo alvo de rumores desde o primeiro semestre. Especula-se que pouca gente usava a função de pressão e que a remoção do hardware tenha liberado espaço para aumentar a bateria. Entenda como funciona a solução substituta, as diferenças para o que existia até então e o como isso impacta no dia a dia do usuário.

O que é Haptic Touch

O Haptic Touch é ativado quando o usuário imprime um toque mais prolongado na tela, emitindo uma pequena vibração. O comportamento é diferente dependendo de como o toque ocorre: um ícone de aplicativo abre um menu de atalhos, um link do Safari exibe uma pré-visualização de página e uma notificação expande para mostrar o conteúdo completo sem precisar acessar o app, entre outros.

A função foi novidade do iPhone XR e será liberada para demais modelos do celular no iOS 13. Ela é muito similar a algo que existe no Android há muitos anos: no sistema rival, um toque longo em diversos elementos da interface costuma abrir algum tipo de opção extra. A solução da Apple se diferencia por dar uma resposta vibratória ao usuário, repetindo a sensação de apertar o botão home do iPhone 7 ou iPhone 8.

Qual a diferença para o 3D Touch

O Haptic Touch é mais simples que o 3D Touch. Em vez de depender de uma pressão maior exercida pelo usuário, o recurso funciona com um toque mais longo, emitindo uma pequena vibração. Por conta disso, o iPhone pode dispensar os sensores atrás do vidro e integrados ao painel do aparelho capazes medir a força aplicada sobre a tela.

Em uma reportagem da Bloomberg publicada em setembro de 2015, o principal executivo de marketing da Apple, Phil Schiller, explicou que o 3D Touch representava um esforço de engenharia "extremamente difícil" e que a empresa desperdiçaria anos de trabalho e um investimento alto se a função não resultasse, de fato, em utilidade na vida do usuário. Quatro anos depois, a empresa parece ter abandonado o recurso justamente por falta de uso.

Com a mudança, a Apple reduz custos de fabricação e, possivelmente, diminui a espessura do display para abrir espaço interno para outros componentes. De resto, pouco muda, pois o motor de vibração que opera por trás do Haptic Touch é o mesmo que já existia em conjunto com o 3D Touch e as funções que ele executa permanecem praticamente inalteradas.

O que muda para o usuário

A eliminação do 3D Touch não interfere na maioria das funções do iPhone, mas pode trazer algumas mudanças pontuais. Uma delas é na velocidade de resposta. Enquanto a tecnologia antiga permitia executar uma ação imediatamente com um toque mais forte, o Haptic Touch naturalmente leva um tempo maior para funcionar. Abrir uma pré-visualização de notificação, portanto, pode tomar uma fração de segundo a mais.

Além disso, pode haver mudanças em funções clássicas do iPhone, como o comando para editar a tela inicial. Com o acesso aos atalhos passando a depender de um toque mais longo no ícone, o modo de edição requer ainda mais tempo para entrar em ação. Na prática, será preciso manter o dedo sobre um aplicativo por mais tempo para que os ícones comecem a tremer e seja possível mudá-los de lugar ou desinstalar um app.

Via Dailymail, CNET, Business Insider e Bloomberg

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